terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Dói no seu, mas não pode doer no meu.

Faz tempo que não escrevo nada aqui pro blog, mas nas últimas semanas andei ocupada, estressada e sem assunto. O que, na verdade, me rendeu assunto.
Pra não escrever sobre mil coisas em um único post de novo, resolvi separar. Hoje o assunto é religião.
Como atéia, procuro manter minhas opiniões sobre religião, religiosidade etc, em off, mas nem sempre isso é possível. Algumas críticas que tenho a fazer começaram quando vi a notícia de que pretendiam tirar o "Deus seja louvado" das notas de real. Achei digno. Além do argumento mais comentado - Estado laico - acredito que seria plausível por um motivo um pouco mais chato de falar: a (in)tolerância religiosa.
Não é chato pra mim, mas pra quem é religioso... Assim como muitas coisas nessa vida, as pessoas adoram apontar os erros dos outros, cuidar da vida alheia e (pré) julgar as pessoas - e não minto, muitas vezes também acabo fazendo julgando erroneamente alguns pelas suas atitudes superficiais. Mas sabe qual é o pior vício? Julgar o caráter pela religião ou pela falta dela. Com licença, católicos, evangélicos, espíritas, judeus, umbandistas, adventistas, enfim, religiosos desrespeitosos e preconceituosos em geral: por que a crença de vocês tem mais credibilidade que a do outro? O "seu Deus" é mais real ou eficiente que o do outro? Aquele que não acredita em nada ou que desacredita é pior do que você por quê? Sério, qual a lógica que vocês usam? Religião é questão de fé e não de caráter. Se uma pessoa não tem essa fé que é tão valorizada, ou que não acredita no mesmo que você - ou da mesma maneira que você -, isso não te torna melhor do que ninguém.
Sabe o que é mais absurdo nisso tudo? O evangélico, por exemplo - por favor, não queiram me colocar numa fogueira -, se sentir no direito de falar mal da crença e do católico - como pessoa - mas não aceitar uma criticazinha, um comentáriozinho sobre a sua igreja. Quer dizer, minha religião é melhor que a sua, meu Deus/Jesus é melhor que o seu, logo, sou melhor do que você. Não somente, sou intocável.
Se você não aceita críticas não abra a boca pra falar nada de ninguém, muito menos de uma escolha como a religião ou a ausência dela. Se você não aceita São Jorge, não enfie Silas Malafaia na goela dos outros, se você não aceita um simples "não acredito", não venha com "Deus seja louvado" pra cima de mim. Se você quer que eu aceite sua religiosidade, tenho um conselho simples: mantenha isso no SEU particular.
Depois disso tudo, mil bombas, discussões etc, semana passada fico sabendo que negaram o pedido da retirada da frase das notas. Um dos argumentos pró-"Deus seja louvado" era o de que a própria Constituição Brasileira 1988 evoca Deus. Gente, é apenas o preambulo, não é nenhum dispositivo normativo. O ESTADO É LAICO. Acho um desrespeito ter essa frase. De verdade. E se eu quiser que Budah seja louvado? Pode?
A questão é: a sociedade encara uma religião ou crença melhor do que a outra e cada uma delas precisa ser protegida, não importa as ofensas que sejam proferidas.
Vamos ser menos imbecis e ACEITAR a escolha do outro, a cultura do outro. Se não podem encostar no seu "Deus seja louvado", melhor que ele não exista. As religiões são muitas, minha gente, não dá pra generalizar e impor absolutamente nada.
Resumindo: Estado laico, mais tolerância e menos imbecilidade. Certinho? Certeza que seremos todos mais felizes.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Idade mental: mulher menina

Sabe aquela pessoa que você conhece e que simplesmente não cresceu? E se cresceu, faz questão de agir feito uma criança retardada? Pois é, tá cheio disso por aí. Mais uma vez o facebook me levou a escrever sobre essas criaturas fascinantes do submundo.
Não sei, realmente, qual o objetivo dessa galera... Complexo de Peter Pan? Martha Medeiros feelings? Um vírus que se espalha pelas frases medíocres de Tati Bernardi? Ou só mesmo vontade de chamar a atenção tentando ser diferente? Olha, deixo bem claro que todo mundo tem que ser como bem acha que deve, mas às vezes a coisa é tão forçada que se torna patética.
Para de tentar se mostrar uma "mulher de mil faces", apaixonada pela vida, romântica, sofredora, curtidora, meiga, fofa, durona, independente, culta, boba etc. Tudo ao mesmo tempo. Não dá. Sério, só quem te aguenta são os seus amigos que se enfiaram nesse mundinho da lua perfeito que vocês criaram. Não, isso não é ser autêntico, por favor! Eu tenho poucos amigos, sou absurdamente difícil de lidar, jogo mesmo na cara e pouco me fodo pro que pensam. Se você também pouco se fode pro que pensam, ótimo pra você, mas fazer tudo isso pra se mostrar uma borboleta rara com mil qualidades, amigos (que, inclusive, jovem, nem todos são seus amigos) músicas perfeitas e fotos de pés descalços na grama, na praia, na balada etc, te torna uma criatura tão comum e chata que só você pra acreditar que é tudo tão lindo assim.
Na verdade, tendo a acreditar que é tudo uma necessidade incontrolável de ter um papel na sociedade. Não digo uma função, mas um papel mesmo, pra se inserir num grupo. Falei aqui dos nerds que tinham têm aquele mundo pra se inserir num grupo único, mas acredito que seja diferente. Acaba que essas "mulheres" se apegam tanto aos clichês - querendo fugir deles - que acabam sem personalidade nenhuma, parecendo apenas um amontoado de péssimas escolhas - digo: musicais, literárias, comportamentais e por aí vai.
Parece que não olho pro meu nariz, né? Eu olho. Ser, como muitos acham, do contra, acaba me fazendo um desses novos "modelos" comportamentais, mas a diferença é não forçar a barra. Complicado, né?
Gente, meu ponto aqui é o seguinte: não tente fazer parte de nada, faça parte de você mesma. Para com essa mania de querer ser uma mulher forte, diferente e independente, isso não cola. Quando você realmente é tudo isso, não há a necessidade de reafirmar com textos dignos de pena no facebook, retuitadas do seu famoso favorito só por que ele é "lindo(a)" - tomando como base os significados mais abrangentes da palavras -, gritinhos histéricos seguidos de "reunião de segredinho" com a melhor amiga pelos cantos na cara de TODO MUNDO, posts com mensagens do tipo "olha como somos amigas íntimas" pra todo mundo ver que vocês tem suas internas ou agir feito uma criança só pra conquistar todo mundo com seu "lado brincalhão". Isso é chato. Muito chato. É imaturo.
Tudo bem acreditar que manter uma veia "infantil" faz bem pro humor, pra alma ou sei lá para o que, mas tudo tem limites. Lembra o que significa li-mi-te? Pelo visto, essa galera já esqueceu.

Ainda tem dúvidas do que eu estou falando? Uma prévia de uma das "muitas facetas" das mulheres meninas está BELAMENTE retratada nessa propaganda.


domingo, 7 de outubro de 2012

Intolerância política e novos nerds

Hoje, 7 de Outubro de 2012, tivemos a maior prova de imbecilidade da população carioca: Eduardo Paes eleito prefeito por cerca de 65% dos votos válidos. Algumas considerações sobre o que aconteceu nessa última semana:
Começo dizendo que quem apoiou o Freixo não estava errado, mas existe uma linha tênue entre apoiar um candidato e ficar completamente maníaco por ele. O cara é BOM, inegável, mas ainda peca em alguns pontos (na minha humilde opinião). Legal demais fazer campanha e tal, ele conseguiu um coisa que há muito tempo não era vista no Brasil: a mobilização e conscientização política dos jovens. Uma conquista imensa. Mas pera lá gente, não é porque alguém não "Fecha com Freixo" que essa pessoa precisa ser ridicularizada, xingada ou forçada a engolir o candidato. Já quem vota e apoia o Paes merece apenas ouvir algumas verdades: sofreu por 4 (quatro) anos, foi enganado, roubado, enrolado e só engoliu isso porque o esperto fez meia dúzia de coisas razoáveis pra mascarar problemas que o carioca (o brasileiro, na verdade) enfrenta há anos: deficiência na educação, saúde, transportes, emprego etc. Tanto se fala por intolerância disso ou daquilo, e muitos dos que apoiam o 50 foram extremamente intolerantes. Voto é direito, é representatividade, então temos toda a liberdade para escolher em quem votar (ou não). E tem mais: voto nulo prejudica minimamente a eleição, e eu acredito que, acima de qualquer coisa, voto é ideologia. Votar por votar é pior do que um voto nulo. Voto PRECISA ser consciente, o candidato precisa sim te conquistar (já falei sobre isso por aqui).
Bem, resumindo: muitas pessoas pecaram pelo excesso, outras pela acomodação ao votarem em um homem que já mostrou que não se importa com nossos serviços públicos (obras só pra mostrar serviço não contam) e acabou que levamos um grande prejuízo. Freixo não era meu candidato  -infelizmente, ainda não mereceu meu voto -, mas acredito que ele não seria pior que o Eduardo Paes. Tristeza pro Rio de Janeiro.
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Aproveitando o embalo, vi gente comemorando a vitória do Paes, falando que Marcelo Freixo era modinha imbecil pra intelectual. Discordo da afirmação, mas isso me leva a um assunto abordado pelo PC Siqueira nesse vídeo aqui:
A "Crise dos Nerds" me deixa puta chateada há um bom tempo. Leu qualquer merda que achou na estante de best-sellers da Saraiva, viu TBBT, usou xadrez, óculos de armação grossa e sabe o que é um Pokemón, tá achando que é O NERD DO APOCALIPSE. Ontem tava cuspindo no cabelo do nerd da sua sala e hoje tá querendo usar isso pra comer menininhas e pagar de cult só porque virou "moda". Por favor, juvenil, nerd não é uma coisa que você escolhe ser, é um comportamento natural. Antes você acreditava que o moleque que simplesmente É nerd agia feito um "retardado", mas hoje você simplesmente ACHA que pode se apropriar desse "rótulo" pra se beneficiar.  Isso me dá nojo.
Tem mais, isso não vale só pros homens: você, menininha bonitinha que fica aí colocando os peitos pra fora enquanto "joga" um PS3 e similares, tira fotos com seus livros esperando que um rapaz bonzinho caia na sua lábia - quando na verdade tá é doida pra "partir pra night"- etc, você me enoja MUITO MAIS.
Não querendo me rotular - o que fica quase impossível com tanto babaca fake -, mas é foda hoje ver esse tipinho de gente "curtidora" querendo ser nerd sem saber O QUE É ser nerd. O bullying no colégio, as horas ganhas perdidas procurando saber sobre qualquer coisa só por interesse bobo, os games, os filmes que ninguém tinha interesse em ver, a exclusão - o que, na maioria das vezes, era muito melhor do que ter contato social -, entre outras coisas. Se você não vivenciou isso, amigo, sai dessa fantasia. Você pegou a única coisa em que a gente gostava de se encaixar e DESTRUIU.

Tipo de coisa que me faz ODIAR viver em sociedade.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Marca ou produto?

Esse fim de semana saí pra jantar com meu namorado e, depois de muitas deliberações, decidimos experimentar o restaurante Jhonnie Pepper, no Via Parque Shopping. Bem, o ambiente lembra muito o Outback, mas com um diferencial: lá é realmente bom.
"Nossa, sua recalcada, maluca e sem gosto, Outback é o melhor restaurante do mundo!". Não, seu imbecil, não é. Fui lá duas vezes pra não ir mais. Um restaurante caro, com porções minúsculas (tirando aquela costela que pra você comer tem que vender algum órgão seu), um atendimento que deixa a desejar e cardápio mal explicado. Onde já se viu ter um prato no cardápio sendo que não dizem que existe porção individual? Aí você, acompanhado, pede o prato, o garçom não fala nada e entrega o pedido com prato e talheres apenas para um? Me desculpem, mas você comem o nome "Outback" e não pratos decentes e com preços que fazem jus à eles. No Jhonnie Pepper pagamos R$37,00 em uma costela com molho barbecue, batata assada e recheada, pãozinho com manteiga, salada e molho honey mostard. O refil? Diferente dos R$6,00/7,00, custavam em torno de R$4,00. Qualidade? Tudo estava uma delícia e muito bem servido.

Não é só com restaurantes que fazemos isso, o exemplo mais prático é o nosso conhecido iPhone. É claramente inferior a muitos modelos que utilizam o sistema Android, e, mesmo assim, continua fazendo o maior sucesso. Não nego, tenho um iPod Nano e adoro, mas há de convir que não é a mesma coisa. Tenho e adoro porque é bom e não por ser um produtinho da Apple.
Existem outros exemplos, como roupas e cosméticos. Não adianta comprar um nome, uma marca, adianta comprar o que te agrada, é bom e não precisa ser caro.
A sociedade é uma coisa tão podre que você é discriminado por não usar tal marca ou smartphone ou comer em tal lugar. Não estou querendo ser do contra, mas é tudo muito absurdo. Se você não tem um iPhone, tá fora de moda, se compra roupas na C&A é pobre, se come no pé sujo da esquina te olham logo torto. Mas vai lá comer aquele belo bife com batata frita do bar pra ver se não é uma delícia? E a roupa da C&A, quando você perceber que pode achar roupas boas, bonitas e com preços acessíveis (ou seja, comprar mais, coisas boas e com menos dinheiro) duvido que não vá adorar a economia.
Vamos deixar o status de lado pra ver se conseguimos viver um pouquinho melhor sem precisarmos de etiquetas.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

(falsa) Consciência política

Sei que é desgastante falar de política ou ler sobre, principalmente quando tudo o que está na pauta são críticas. Em tempos de eleição, quem resolve observar o comportamento dos eleitores consegue ver como a coisa é lastimável. A quantidade de candidatos bizarros é extensa, mas a atitude dos possíveis eleitores... Olha, nem tenho adjetivo pra isso!
Não vou dizer que há falta de consciência política porque a maioria não sabe o que significa nenhuma das duas palavras (e olha que o google dá definições de palavras com uma rapidez e eficiência jamais vistos por dicionário algum), o que falta mesmo é o mínimo de discernimento. Vamos lá:

Discernimento: s.m. Ação ou faculdade de discernir.

Juízo, entendimento, critério.
O discurso é sempre o mesmo: 
- Político é tudo corrupto!
Por favor, procure se informar. Existe sim político honesto, ou que, no mínimo, é transparente no que faz. Muitas vezes acaba sendo prejudicado por não entrar na dança... GENERALIZAR não vai mudar nada.
- Não vou votar em ninguém, é desperdício de voto.
Você estar respirando pra expor essa linha de raciocínio é desperdício de oxigênio. 
- Não gosto de política, nem quero saber!
Aprende: TODO MUNDO GOSTA DE POLÍTICA, menos da maioria dos resultados das votações. Política é bom sim! O grande problema é que somos muito mal representados, mas vivemos em sociedade, então bem ou mal PRECISAMOS de governantes. Não venha com esse sonho de anarquia, jovem, é tão utópico quanto o meu querido comunismo.
- ABSURDO, RIDÍCULO! Viu o que "fulaninho" fez?
Vi sim, todos vimos. Mas também olhe pro seu nariz e veja se você realmente tem consciência de alguma coisa ou se está comentando só porque é moda falar mal de política(os).
- Vou votar no Joaquim do Aipim porque ele colocou calçamento na minha rua e fez baile funk pra "comunidadi" no fim de semana DE GRÁTIS.
Esse é o seu critério? É isso que um ser - teoricamente - pensante usa como critério pra voto? Sinceramente, existe mais do que sua comunidade, seu baile funk, sua rua calçada, a cesta básica grátis e a aprovação automática de seu filho (exatamente, essa merda não acabou, só foi mascarada, ganhou outro nome). Vamos repensar isso aí, mamilo.
Gente, para com essa modinha. Para de espalhar corrente no facebook, notícia furada, vamos parar de ragear e PENSAR em nossos candidatos. Se mesmo PENSANDO e ANALISANDO PROPOSTAS (vejam bem, propostas devem ser plausíveis, o cara não pode querer/prometer mudar o universo) você não conseguir encontrar seu candidato, aí sim abstenha-se e vote nulo. Não é o ideal, mas... Infelizmente o nosso voto é obrigatório.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Post Randômico

As pessoas são bichos absurdamente engraçados. Hoje, almoçando no shopping, vi uma moça que aparentava ter uns 25 anos, bonita, magra, com aquele naipe de marombeira, e seu prato muito equilibrado: churrasco, arroz, feijão, farofa e batata frita. Um mate pra acompanhar. Depois a bonitinha vai se matar na academia e ficar sem comer direito o resto do dia, e isso pra mim é de uma idiotice sem tamanho. Sabe aquela história do cidadão que vai numa churrascaria e pede uma coca-cola zero depois de ENCHER A BUNDA de carne cheia de gordura, batata frita e linguiça? Pois é. Sensatez é de graça, gente, não custa nada. Eu como de tudo, sem restrições, sou gordinha SIM, tentei fazer dieta e não consigo, mas minha alimentação é melhor do que a de muito gostosão de academia que bate no peito pra dizer que faz exercício, ou de muita mulher que se acha a rainha do shake emagrecedor mas só come merda pra compensar. SALADA NÃO MATA.
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Hipocrisia parece ser moda. Vi um vídeo do PC Siqueira falando sobre One Direction. Logicamente, falando mal. Logo apareceram as "onedirectioners" - ridículas, a começar pelo nome - metendo o pau nele por falar mal de seus lindos e "talentosos" ídolos. Bichos engraçados, lembram? As críticas delas, tão agressivas quanto as do PC, são válidas, mas as dele não. Se você não gosta de críticas negativas, a única coisa que pode ser feita é não dar réplicas, ou então dê argumentos válidos - não vale "você que é um merda" -. Se você não gostou do que o outro disse, não se iguale, seja, no mínimo, civilizado.
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Síndrome da Universidade Perfeita: Extremamente perigosa. Cega alunos do ensino superior, ficando os mesmos incapazes de enxergar que uma Universidade é SIM melhor do que a sua. No fundo, os doentes sabem da verdade.
Mais hipocrisia.
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As crianças estão cada vez mais bizarras. Só querem saber de futilidades, postam coisas sem sentido no facebook, acham que tumblr é sinônimo de poesia e que rebeldia é tirar foto seminua. Pega um livro ( decente, não me vá ler Paulo Coelho, Martha Medeiros, Thalita Rebouças, Carpinejar e similares) e vai acrescentar alguma coisa na sua vida, jovem gafanhoto.
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Tá cada vez mais difícil conviver em sociedade com essas coisas.
E eu realmente não me importo se me acham cri-cri.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A lamentável mania do "tá reclamando de que?"

Há um bom tempo tenho reparado em como as pessoas são acomodadas, pouco exigentes etc. Procurando saber se um produto (não me lembro bem qual) era bom, caí num blog em que seu dono fazia resenhas sobre a melhor coisa do mundo: comida. Tudo ia muito bem quando me deparei com um post que tratava dos cookies da Cacau Show. A caixa, baratinha, vem com poucos biscoitinhos, e, pelo que o rapaz falou, todos com uma aparência duvidosa (sem contar o gosto de nada). Resumindo: meteu o pau no produto. Quando fui dar uma olhada nos comentários, alguns indivíduos que, ao meu ver, são acéfalos, utilizaram o seguinte argumento: "Pagou barato e ainda quer que os biscoitos sejam maravilhosos?" PELO AMOR DE DEUS, CRIATURA MEDÍOCRE, DINHEIRO É DINHEIRO! Se uma empresa oferece um produto, NÃO INTERESSA O PREÇO, eles tem a obrigação de fazer jus à foto da caixa. Por mais que sejam "imagens meramente ilustrativas", como que pode uma empresa vender um produto prometendo uma coisa quando na verdade é um lixo completamente frustrante? E o pior é ter gente falando que tá tudo bem!
Vejamos outro caso: sabe a menina que fez a página no facebook pra falar dos problemas do colégio da rede pública em que ela estuda? Pois bem, em uma das fotos ela mostra o almoço: arroz e um molho com carne e batatas (sim, molho com carne e não carne com molho). Agora o absurdo: pessoas INACREDITÁVEIS falando que a menina tava reclamando de barriga cheia. Olha, já estudei em colégio público da rede municipal, hoje estudo em uma universidade federal com bandejão, e nos dois casos posso dizer: a comida é muito boa. Não interessa se é uma instituição de ensino pública, o que interessa é que os alunos precisam se alimentar bem, não vale colocar uma lavagem só porque é escola pública. E lembrando, impostos são pagos pra isso! Tem rios de dinheiro sendo desviados, senadores ganhando aumento, dinheiro sendo jogado fora (literalmente) em campanhas políticas etc.
Minha gente, vamos colocar a cabecinha pra funcionar: TODOS TEMOS DIREITOS e um deles é o de reclamar do que pagamos e do que deve ser oferecido a nós com o mínimo de respeito e qualidade. 
Então, por favor, se você caga e anda pro seu dinheiro, fica calado e seja lesado com excelência sem perturbar a vida dos outros.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

BRT e um dos grande males da sociedade: a hipocrisia.

Desde o último atropelamento na pista exclusiva do BRT na Barra da Tijuca, vejo muita gente criticando o sistema, os motoristas, os carros articulados e o atual prefeito Eduardo Paes. Não vim defender o homem, até porque não vem ao caso pelo simples motivo de que ele não tem lá muito a ver com isso.
Pensem: a via é EXCLUSIVA, existem faixas de travessia para pedestres nos sinais de trânsito próxi
mos e motorista nenhum adivinha nada, no máximo tenta manter um tempo razoável de reação.
Me baseando apenas no último atropelamento e às entrevistas dadas por transeuntes da área, pergunto o seguinte: tais pedestres tem O QUE na cabeça? EXISTE FAIXA PARA TRAVESSIA! Não dá pra culpar prefeito, motorista, o sistema de transporte e a vovó que vende bala na esquina por isso! Errados são os pedestres que assumem o risco! Se ao menos existissem calçadas pra aguardar um momento mais oportuno para atravessar a via, mas nem isso, são muretas estreitas e pequenas, com razão! Não é pista pra ciclista (mesmo que haja a necessidade de tê-las), não é acostamento, via alternativa pra qualquer um e nem uma calçadinha a mais pra pedestre usar.
Por favor, gente, argumentar colocando a culpa nos realizadores do "projeto" ou dizer que vai andar demais pra atravessar na faixa é muita burrice.
Antes que venham falar de hipocrisia, sim, atravesso fora da faixa, inclusive na Av. Brasil, mas as circunstâncias não são as mesmas. É preciso o mínimo de consciência e atenção.