quarta-feira, 10 de abril de 2013

"Chativistas" virtuais


Boa noite, pessoas! Estou tentando, de verdade, escrever mais por aqui, mas o ânimo não ajuda muito já que os acessos são escassos. Mas como sou persistente, não desisto e continuarei escrevendo.
Pelo título vocês já podem notar qual é  tema de hoje, certo? Pois é, uma nova modalidade de chatice está engolindo causas nobres: o ativismo virtual que inunda as redes sociais. Como eu disse, não duvido que as causas sejam nobres, mas convenhamos que as redes sociais são boas para DIVULGAR as causas e não para salvar o mundo. Gente, por favor, consciência é tudo, entretanto, nada justifica essa onda de feminismo, machismo, anti-homofobia, abaixo fulano!, assinem a petição e etc sem o mínimo de reflexão de quem tanto compartilha e curte.
Será que funciona? Bem, funciona se houver pressão ao invés de retaliação, cobrança ao invés de "curtidas", educação ao invés de xingamentos injustificáveis e quem sabe o mais importante: reflexão no lugar de repetição, reprodução. De que adianta colocar nome de índio no facebook se você não refletir sobre o assunto? Mais, se você não for minimamente consciente da situação e dos limites dos protestos.
Outra coisa que é muito inconveniente é a hipocrisia nesses casos. Hipocrisia já é ruim de qualquer maneira, agora imagina aquele cara que alega não discutir política/não gostar de política (???) compartilhando o famoso e chato "FELICIANO NÃO ME REPRESENTA!". Tem também aquele que fala mal da TV Globo ("Manipulação!") e não perde a final do BBB. Me poupe, jovem.
Além das inconveniências existem as pegadinhas. O que mais tem é informação falsa e manipulação. É muito, mas muito fácil compartilhar qualquer besteira que você julgue como o início de uma revolução antes de procurar saber se é verdade e mais fácil ainda usar caso de repercussão popular pra dizer que se importa. Exemplo recente é o acidente de ônibus ocorrido semana passada na Av. Brasil aqui no Rio de Janeiro. No dia seguinte já estavam utilizando imagens do acidente pra protestar contra a dupla função dos motoristas.


Numa boa, a causa é nobre mas não é válido compartilhar mentiras. Sabia-se que a história foi diferente. Não foi por causa de dupla função que ocorreu a discussão e muito menos o acidente. Façam companhas, compartilhem, mas chega a ser um desrespeito utilizar uma tragédia como argumento, como se fosse resultado de um problema já existente. Senso faltou.
Enfim, protestar é válido, só há de se tomar cuidado com a causa; as redes sociais são ótimas ferramentas, porém, precisamos ter cuidado com os limites, com as informações e com os excessos. Dica valiosa.